Diagnóstico do Glaucoma – Campo visual, Tomografia de Coerência Óptica, Papilografia, Análise de Fibras nervosas, Paquimetria, outros.

Diagnóstico do Glaucoma – Campo visual, Tomografia de Coerência Óptica, Papilografia, Análise de Fibras nervosas, Paquimetria, outros.

Como o glaucoma é uma doença assintomática , cerca de metade dos pacientes com glaucoma não sabe que tem a doença, enquanto ela progride em silêncio. Por isso, é importante visitar um oftalmologista para realizar exames regulares. O exame anual da pressão intraocular é recomendado para pessoas acima de 40 anos. Pessoas com histórico de glaucoma na família devem medir desde cedo a pressão intraocular, e em casos suspeitos, fazer o acompanhamento com exames mais específicos a cada 6 meses. 
O diagnóstico do glaucoma e seu tratamento precoce são fundamentais para minimizar as possíveis complicações da doença, como a perda parcial da visão ou até cegueira irreversível ao longo do tempo.

O diagnóstico de glaucoma só pode ser realizado após um exame oftalmológico cuidadoso, no qual estão incluídos anamnese do paciente (entrevista com o paciente para buscar detalhes e o histórico de sua saúde) e avaliação da pressão intraocular, bem como a avaliação das condições estruturais e funcionais do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina. Apesar de muitas doenças afetarem o nervo óptico, a lesão causada pelo glaucoma tem um aspecto característico que permite ao médico fazer o diagnóstico. No glaucoma, as fibras nervosas estão danificadas e desaparecem, deixando uma escavação maior do nervo óptico.

Causas

Por razões que a medicina ainda não compreende totalmente, o aumento da pressão dentro do olho (pressão intraocular) é geralmente, mas nem sempre, associada à lesão do nervo óptico, que caracteriza o glaucoma. Esta pressão acontece devido ao aumento de um líquido chamado de humor aquoso, que é produzido na parte anterior do olho ou por uma deficiência de sua drenagem através de seu canal.

Quando há um bloqueio desse fluido do olho, este provoca o aumento da pressão ocular. Na maioria dos casos de glaucoma, essa pressão está elevada e provoca danos no nervo óptico.

A doença também pode acometer crianças, embora elas não manifestem nenhum tipo de sintoma. Crianças podem vir a apresentar glaucoma congênito de evolução tardia que acontece nos primeiros anos de vida ou glaucoma juvenil que surge geralmente aos quatro ou cinco anos de idade. Mesmo não havendo sintomas, as crianças podem sofrer danos no nervo óptico também.

Um exame ocular pode ser usado para identificar o glaucoma. O médico precisará examinar o interior do olho, observando através da pupila, que geralmente é dilatada. O especialista geralmente realiza um exame completo do olho para confirmar o diagnóstico.

Somente a averiguação da pressão intraocular (por meio da tonometria) não é suficiente para diagnosticar o glaucoma, pois a pressão ocular costuma mudar. Por isso, outros exames deverão ser feitos para que o médico possa diagnosticar o paciente com glaucoma ou não.

Exames

Os principais exames realizados para diagnosticar o glaucoma são:

 

1. Tonometria


É a medida da pressão dos olhos, feita na própria consulta, com instilação de colírio anestésico nos olhos, tornando o exame indolor. A pressão intraocular elevada é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma, entretanto também existe o glaucoma com pressão dentro dos limites considerados “normais”.

2. Fundoscopia


É o exame do fundo do olho capaz de identificar não só lesões características de glaucoma no disco óptico e camada de fibras nervosas, como também alterações na mácula e retina. É de extrema importância para investigação e acompanhamento dos pacientes com glaucoma e também daqueles pacientes que estão realizando exame de rotina. A fundoscopia é feita na própria consulta oftalmológica com o auxílio de uma lente de aumento, além de ser indolor.

3. Gonioscopia


É o exame que avalia o ângulo do olho, para saber se o mesmo encontra-se aberto ou fechado. O ângulo da câmara anterior funciona como um “ralo” por onde o líquido (humor aquoso) produzido continuamente no olho é escoado. Também é feita durante a consulta, na qual uma lente especial com espelhos é encostada no olho após a instilação de colírio anestésico. É essencial para a classificação do glaucoma, permitindo assim, a escolha terapêutica mais eficaz para cada tipo.


4. Retinografia colorida


É um exame de imagem de alta definição que fotografa o fundo do olho, permitindo assim a documentação das alterações na retina e, principalmente, do nervo óptico. É fundamental para o acompanhamento dos pacientes com glaucoma, pois permite a comparação com exames anteriores para avaliação de possível progressão.

5. Paquimetria ultrassônica


Avalia a espessura da córnea através de uma sonda de ultrassom que a toca levemente, após instilação de colírio anestésico, tornando o exame rápido e indolor. É importante na investigação do glaucoma, pois córneas espessas superestimam o valor da pressão intraocular, ou seja, apresentam medida maior que a real. O contrário ocorre nas córneas finas, nas quais a pressão intraocular é subestimada e, portanto, são consideradas como fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma.

6. Tomografia de coerência óptica (OCT)


É um exame de imagem computadorizado fundamental para o diagnóstico e seguimento do glaucoma. É capaz de avaliar várias estruturas do olho, como o disco óptico, a camada de fibras nervosas da retina, a mácula e até a lâmina cribrosa e o fluxo sanguíneo peripapilar. Estudos já demonstram que o OCT pode identificar lesões iniciais antes de qualquer outro exame, tornando-se assim, um instrumento essencial no diagnóstico e na avaliação de casos suspeitos.

 

7. Curva de pressão intraocular


É a medida da pressão dos olhos em diferentes horários ao longo do dia. É importante para o monitoramento dos pacientes com glaucoma, uma vez que a pressão intraocular sofre oscilações durante o dia. Pode ser realizado também o teste de sobrecarga hídrica, no qual o paciente ingere uma quantidade de água e, em seguida, mede-se a pressão do olho para verificar se há alteração na mesma.

8. Campimetria computadorizada


Avalia a percepção visual central e periférica percebida pelo olho, identificando qualquer alteração ou redução visual. É o único exame que permite a avaliação funcional do nervo óptico, sendo utilizado para diagnosticar e acompanhar a evolução do glaucoma. Entretanto, não permite o diagnóstico precoce, pois deve haver em torno de 40% de perda da camada de fibras nervosas da retina para o aparecimento de defeitos no campo visual.



OCT normal e com alteração:

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